Itinerário de Pasárgada, Osvaldo Alcântara
Deixamos aqui o poema escrito por Osvaldo Alcântara (pseudónimo de Baltasar Lopes), em diálogo com o célebre poema "Vou-me embora para Pasárgada" do poeta brasileiro Manuel Bandeira.
Itinerário de Pasárgada
Saudade fina de Pasárgada…
Em Pasárgada eu saberia
onde é que Deus tinha depositado
o meu destino…
E na altura em que tudo morre…
(cavalinhos de Nosso Senhor correm no céu;
a vizinha acalenta o sono do filho rezingão;
Tói Mulato foge a bordo de um vapor;
o comerciante tirou a menina de casa;
os mocinhos de minha rua cantam:
Indo eu, indo eu
a caminho de Viseu…)
Na hora em que tudo morre,
esta saudade fina de Pasárgada
é um veneno gostoso dentro do meu coração.
Itinerário de Pasárgada
Saudade fina de Pasárgada…
Em Pasárgada eu saberia
onde é que Deus tinha depositado
o meu destino…
E na altura em que tudo morre…
(cavalinhos de Nosso Senhor correm no céu;
a vizinha acalenta o sono do filho rezingão;
Tói Mulato foge a bordo de um vapor;
o comerciante tirou a menina de casa;
os mocinhos de minha rua cantam:
Indo eu, indo eu
a caminho de Viseu…)
Na hora em que tudo morre,
esta saudade fina de Pasárgada
é um veneno gostoso dentro do meu coração.
Comentários
Enviar um comentário